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Contas Públicas

Que gastos tem o Estado?

Em 2024, o Estado gastou cerca de 120 milhões de euros, um valor que ficou ligeiramente abaixo das estimativas iniciais previstas no Orçamento do Estado (OE) para esse mesmo ano.

Mas que despesa é esta e o que significa?

Antes de mais, é preciso ter em conta que quando aqui falamos em “Estado”, estamos a utilizar o seu conceito lato respeitante a todo o perímetro das Administrações Públicas, que incluem a Administração Central, a Segurança Social e a Administração Local e Regional, como as autarquias e as regiões autónomas.

O Estado tem um conjunto muito significativo de despesas para conseguir assegurar o funcionamento de um país. Esta pode ser classificada de diferentes formas, como por exemplo, por natureza económica ou por função governativa.

A despesa por natureza económica

Se considerarmos a despesa numa perspetiva económica, as despesas correntes são aquelas que mais pesam.

Dentro da despesa corrente, as transferências correntes são as que representam a a maior fatia. Seguem-se as despesas com pessoal e a aquisição de bens e serviços para o funcionamento das administrações públicas.

Por último, surge a despesa com os juros pagos pela República pelo financiamento arrecadado em mercados, através dos investidores, por exemplo, que adquirem obrigações ou Certificados de Aforro.

Gráfico circular da distribuição da despesa corrente do Estado por natureza (2024)
Distribuição da despesa corrente do Estado por natureza (2024).

 

E quais as áreas governativas onde são alocados mais recursos?

Além de analisar a despesa pela sua natureza, é possível dividir os gastos do Estado por área funcional, classificando a despesa por função governativa.

Os números são claros: a maior despesa do Estado prende-se com a área da Saúde, que só é superada pela despesa dos serviços gerais das Administrações Públicas.

A lista inclui ainda outros gastos, conforme se enuncia:

  1. Despesas gerais das Administrações Públicas
  2. Saúde
  3. Proteção Social
  4. Assuntos Económicos
  5. Educação
  6. Segurança e Ordem Pública
  7. Defesa
  8. Proteção do Ambiente
  9. Habitação e Infraestruturas Coletivas
  10. Desporto, recreação, cultura e religião

Os dados relativos à evolução da despesa, podem ser acompanhados mensalmente através da execução orçamental, que permite aferir o montante de despesa que efetivamente se está a realizar face à despesa prevista

Até ao pagamento efetivo, há cinco passos a dar

Desde o momento em que é prevista uma despesa até ao momento em que é efetivamente concretizada, existe um procedimento, conhecido como processo orçamental de despesa, composto por cinco fases: inscrição de dotação orçamental, cabimento, compromisso, reconhecimento e pagamento.

A inscrição de dotação orçamental consiste no momento em que a despesa prevista é autorizada e inscrita no Orçamento do Estado.

O cabimento é uma forma de garantir que há saldo disponível antes de avançar, funcionando como uma espécie de “reserva” do montante alocado.

Por sua vez, o compromisso representa o momento em que o Estado assume legalmente a obrigação de pagar a um fornecedor ou prestador de serviço, através de um contrato, por exemplo.

O reconhecimento é o momento em que o fornecedor prestou o serviço ou entregou os bens.

Já o pagamento é quando, efetivamente, o Estado desembolsa o dinheiro cobrado por esta entidade.